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Ocupação trans: equipe da Floresta Ativista acompanha ação inédita do Esporte Clube Bahia

por | fev 7, 2023

Time convidou pessoas trans para assistirem, pela primeira vez ao jogo de futebol em estádio. Clube lançou também camisa oficial com cores da bandeira trans

Na noite do último sábado (04), em jogo contra o Ferroviário, o Esporte Clube Bahia e a sua torcida organizada, LGBTricolor, levaram um grupo de pessoas trans para assistir à partida do clube no estádio pela primeira vez. A ação também contou com o lançamento de uma edição especial da camisa LGBTricolor com as cores da bandeira trans. A equipe da Casa NINJA Bahia, Planeta Foda e NINJA Esporte Clube acompanhou uma missão especial na partida da Copa do Nordeste, em Salvador.

Essa foi uma ação inédita pelo dia da visibilidade trans que busca fortalecer ainda mais a presença LGBTQIAP+ nos estádios, espaços ainda muito hostis e marcados pela LGBTfobia, de acordo com os organizadores.

“Uma ação histórica, das mais bonitas que eu vi no futebol brasileiro. Ouvi diversas vezes, sobretudo de mulheres trans, que elas nunca foram no estádio por medo e queríamos mostrar que as pessoas trans também são bem vindas na arena, assim como as pessoas LGBTQ que frequentam constantemente o caldeirão tricolor e foi um dia lindo, memorável, com uma receptividade incrível, da torcida”, disse Onã Rudá, fundador da torcida LGBTQIAPN+.

Dentre as pessoas que participaram estavam Leo Kret, dançarina, cantora, ouvidora da Semur e ex-vereadora de Salvador, Millena Passos, ativista que da o nome a Lei que combate LGBTfobia na Bahia e Yuri Carvalho Mister Trans Salvador.

“Eu to muito feliz. Por muito tempo eu achei que o futebol não era para mim. Um Esporte Clube, como este, fazendo o convite, fazendo a diferença, nos deixa muito mais próximas de algo que é para todos”, disse Kin Bissents.

Kin aproveitou para chamar atenção para a conduta dos times de futebol que deixam de incluir pessoas diversas em suas torcidas. “Cabe a vocês de outros times refletir sobre acolhimento de pessoas diversas, não só para mim, que sou mulher trans preta, mas para pessoas PCDs e outros atravessamentos também”, finalizou.

Foto: Laura Samily / Mídia NINJA
Foto: Laura Samily / Mídia NINJA

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