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Floresta Ativista marca presença no Cinemato 2025 com cobertura da Cine NINJA

por | jul 12, 2025

Lidiane Barros, Karla Martins e Giulia Medeiros (Caju) representaram a Floresta Ativista na 22ª edição do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, promovendo a comunicação como ferramenta de resistência e visibilidade para os povos da Amazônia

Entre os dias 14 e 20 de julho, a cidade de Cuiabá foi palco de uma das mais importantes celebrações do cinema brasileiro: o Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá – CINEMATO, que chegou à sua 22ª edição com o tema “Decolonizando a Amazônia”. E quem esteve presente de forma ativa em toda a programação foi a Floresta Ativista, por meio das comunicadoras Lidiane Barros, Karla Martins e Caju (Giulia Medeiros), que realizaram cobertura para a Cine NINJA, e integraram debates ligados às lutas socioambientais e culturais da região.

Durante os sete dias de festival, o trio acompanhou de perto sessões, homenagens, oficinas e encontros, documentando a potência do cinema amazônico em sua pluralidade e insurgência.

Cinema como ferramenta de luta

O festival, que é um dos mais antigos do país e referência no Centro-Oeste, trouxe uma ampla programação gratuita voltada à valorização das múltiplas vozes que compõem a Amazônia. Ao todo, 62 filmes de 19 estados foram exibidos em mostras competitivas e especiais. A curadoria destacou produções que rompem com os estereótipos coloniais da região, dando espaço a narrativas indígenas, negras, periféricas e LGBTQIA+.

A edição deste ano também prestou uma homenagem ao cineasta Silvino Santos (1886–1970), pioneiro do registro audiovisual da floresta. A abertura foi marcada pela exibição do documentário restaurado Amazonas, o Maior Rio do Mundo (1918–1920), redescoberto recentemente na República Tcheca, com trilha sonora executada ao vivo.

Diversidade na tela

Entre os destaques da Mostra Competitiva de Longas-Metragens, estão Mawé, de Jimmy Christian (AM), sobre os dilemas de uma jovem indígena entre a cidade e sua aldeia; Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta, de Marco Altberg e Tainá de Luccas (RJ), que mergulha no pensamento cosmológico yanomami; e Concerto de Quintal, de Juraci Júnior (RO), uma celebração da música como força coletiva de resistência.

A Mostra de Curtas reuniu 15 produções de diversos estados, como Maira Porongyta – o aviso do céu, de Kujãesage Kaiabi (MT); O Enegrecer de Iemanjá, de Uê Puauet (PR); e A Nave Que Nunca Pousa, de Ellen de Morais (PB), reafirmando o compromisso do festival com narrativas contra-hegemônicas.

Cultura em movimento

Mais do que um festival de cinema, o CINEMATO mantém sua vocação formativa e inclusiva há mais de três décadas. Iniciativas como o Cinema Paradiso levam filmes a presídios, aldeias e comunidades periféricas, enquanto o Cinema Itinerante promove sessões ao ar livre em bairros e quilombos, democratizando o acesso à arte e fortalecendo a cidadania cultural.

Na cerimônia de encerramento, a atriz Dira Paes entregou o Prêmio Dira Paes, que reconhece mulheres com trajetória destacada no audiovisual e em causas socioambientais — uma premiação simbólica que conecta arte e ativismo, e que dialoga diretamente com os propósitos da Floresta Ativista e da cobertura realizada pela Cine NINJA.

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