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Festival Vaca Amarela 2023 mira na diversidade e apresenta coletânea de artistas nacionais

por | set 21, 2023

Foto: Festival Vaca Amarela/ divulgação

Por Maria Clara Mello

A pluralidade musical foi o grande destaque da 22ª edição do Festival Vaca Amarela, sediada no histórico Centro Cultural Martim Cererê, Goiânia, entre os dias 15 e 17 de setembro. 

Variando entre estilos que vão do rap à MPB, do funk e ao pop, o line up do festival aliou o desejo de ter um evento diverso à efervescência da produção musical contemporânea, uma marca já registrada do Vaca, que nasceu em plena capital nacional da música independente.

O Vaca Amarela é parte da Rede Brasil de Festivais e da Abrafin – Associação Brasileira de Festivais Independentes.

Atração principal da primeira noite (15), a cantora e compositora Urias encerrou sua estreia no festival apresentando a turnê Her Mind, que esteve na Europa e em grandes festivais como Primavera Sound e The Town, e trouxe uma pegada que mescla o rap e o hip hop, inflando ainda mais sua presença no palco.

Foto: Festival Vaca Amarela/ divulgação

O soul e o afrofuturismo tiveram seus lugares marcados no Vaca Amarela pela banda Tuyo, no sábado (16). Composto pelos músicos Lio, Lay Soares e Machado, o trio explorou a multiplicidade de estilos dentro da própria discografia, em especial, o último EP “Depois da Festa” e “Chegamos Sozinhos em Casa”, indicado ao Grammy Latino, criando uma atmosfera ritmada e envolvente entre os artistas e seu público.

Completando a noite, o artista FBC trouxe sua fusão de funk, rap e dance music para dentro do Vaca Amarela com seus dois últimos álbuns, “Baile” (2021) e “O Amor, o Perdão e a Tecnologia Irão nos Levar para Outro Planeta” (2023), mostrando uma habilidade musical, instrumental e de composição cada vez mais profunda dentro e fora dos palcos.

Foto: Festival Vaca Amarela 2023/ divulgação

O domingo (17) foi marcado pelo rock nacional com as bandas Far From Alaska e Aurora Rules, ambas já bem conhecidas na cena musical há mais de 10 anos. Vertentes como o rock alternativo, o metal e o hard rock preencheram as apresentações das bandas e o público pôde contar com uma palhinha dos novos trabalhos que estão por vir. 

Para além das apresentações principais, a organização do festival soube transitar muito bem entre estilos musicais e deu preferência não apenas para artistas mais consolidados, como também aos novos talentos que despontam na música contemporânea brasileira, e que, infelizmente, permanecem achatados numa faixa estreita da indústria fonográfica do país.

A inclusão também atingiu os diferentes estados nacionais, arrematando vários de seus artistas para dentro do Vaca Amarela e possibilitou esse chamariz de cultura que representa o evento. Maaju, Kira Spirandeli, Hostil, Bruna Mendez, Maduli e Synx são algumas das mais de 50 atrações que se apresentaram no último fim de semana e que persistem em levantar a bandeira da arte nacional.

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