No último sábado, dia 1º de julho, a Nave Coletiva, em São Paulo, foi palco da apresentação do espetáculo “Negro Não Nego”. Com ingressos vendidos antecipadamente e também disponíveis na hora, a peça trouxe aos espectadores uma experiência marcante, abordando temáticas comuns às vivências negras, desde a hipersexualização até o genocídio.
Dirigido por Glayson Cintra, o espetáculo desperta um olhar humanizado sobre a realidade dos negros, abordando temas como respeito, alteridade e igualdade. Através de dança, canto, percussão corporal e interpretação, “Negro Não Nego” proporciona um mergulho no universo ancestral, cultural e político-social. A peça é uma poderosa expressão de resistência e um grito contra o caos que afeta a comunidade negra.
A criação de “Negro Não Nego” teve início em 2017, como um projeto de concepção cênica na Cena Hum Academia de Artes Cênicas, em Curitiba. Desde então, o espetáculo vem se expandindo e ganhando maior profundidade, abordando questões raciais relevantes e urgentes. As cenas da peça envolvem os sentidos do público e exploram as manifestações da cultura africana, utilizando recortes de poemas, textos de autores negros, danças e notícias de jornais.
Com a apresentação única na Nave Coletiva, o espetáculo “Negro Não Nego” conquistou mais um importante espaço, contribuindo para a valorização e compreensão da experiência negra na sociedade. Essa obra de arte, que nasceu em Curitiba, agora alcança o público de São Paulo, trazendo reflexões necessárias e provocativas sobre resiliência, afeto, cidadania e a luta por igualdade em meio às adversidades.