Durante a programação oficial do Festival Se Rasgum em Belém, nasceu o Circuito Amazônico, um movimento que visa oxigenar a circulação, produção de conteúdo e distribuição de música no Brasil a partir da Amazônia. O lançamento oficial foi marcado por shows de diversos artistas da Amazônia Legal no Pier das 11 janelas no dia 16 de novembro.
Representantes dos festivais que fazem parte da plataforma se reuniram no Teatro Gasômetro durante as atividades de formação do festival, Music On The Table, em um momento histórico. As inscrições para fazer parte do circuito estão abertas, oferecendo uma oportunidade para realizadores interessados solicitarem sua adesão à rede.
O Circuito Amazônico de Festivais propõe um calendário com encontros e experiências nos estados da Amazônia, promovendo uma rede colaborativa onde artistas de todo o Brasil se apresentam para o público da região. O lançamento oficial contou com shows especiais de artistas dos estados da Amazônia Legal, representando os festivais integrados.
Durante o evento, os representantes do circuito estiveram disponíveis para reuniões de parcerias, e ao final do festival, será lançada uma plataforma para acolher permanentemente novos eventos dos municípios da região.
O encontro no Teatro Gasômetro contou com uma roda de conversa intitulada “Circuito Amazônico de Festivais”, com a participação de representantes de festivais, como Karla Martins (Festival Varadouro), Luciana Simões (Festival BR 155), Lidiane Barros (Festival Calango), Heluana Quintas (Festival Quebramar), Renée Chalu (Festival Se Rasgum), mediados por Pablo Capilé, cofundador das redes Fora do Eixo e Midia NINJA.
O Circuito Amazônico de Festivais surge em um momento estratégico, buscando retomar o movimento de ampliação da produção cultural da Amazônia Legal. Com festivais integrados como Varadouro, Calango, Quebramar, BR-135, Casarão, Tomarrock e Até o Tucupi, a plataforma se destaca como um movimento auto-organizado, conectado com outras iniciativas pelo Brasil, e liderado em sua maioria por organizações femininas engajadas na defesa da floresta.
Renée Chalu, produtora do Festival Se Rasgum, destaca a importância do circuito em um cenário político desfavorável, afirmando que “nunca fomos tão fora do eixo”. O evento busca promover a profissionalização do mercado musical regional e abrir novas oportunidades para artistas amazônicos. O Circuito Amazônico de Festivais representa uma iniciativa crucial para fortalecer a cena cultural na região.