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Cali, o “Circo Caminante”, se hospeda na Nave Coletiva

by | jul 14, 2023

Um artista de circo uruguaio encontra inspiração na sede da Mídia NINJA em São Paulo

Por Juan Espinoza

Foto: Juan Espinoza

Carlos Silveira, o artista de circo charrúa, encontrou na Nave uma fonte de inspiração para criar espaços de arte e cultura em conexão direta com as comunidades locais. Ele vem da vida comunitária criada nos bairros populares das cidades latino-americanas. Inicialmente Pando em Canelones e depois, ainda muito jovem, a sua família instalou-se no Barrio Cerro, em Montevideu. “É como vir de uma favela”, disse, com um sotaque rioplatense e um olhar inquieto. 

Assim, desde criança, gostava de pintar, cantar, brincar e dançar, do último ele duvida, pois não tem a habilidade de um bailarino. Na escola, participou em todos os espaços extracurriculares que promovem as pedagogias populares em ambientes numerosos e provavelmente incontroláveis. Salas de arte e de recreio, características dos bairros de “contexto crítico”, que, segundo ele, é como foram classificados.

Mais tarde, já mais velho, tornou-se estudante de agricultura e pecuária em vários contextos rurais do Uruguai, daí a sua ligação à natureza e ao trabalho manual da produção agrícola, principalmente camponesa. 

Os seus hobbies e a sua formação social levam-no a procurar hoje, como tarefa de pesquisa, diríamos, antropológica cultural, as ligações dos povos indígenas nas suas práticas lúdicas e rituais com as habilidades das artes circenses. Cali garante que essas práticas de vários povos indígenas latino-americanos estão relacionadas com as do circo.

Quem é ele?

Foto: Juan Espinoza

Chama-se Carlos Silveira, um artista de circo uruguaio, como ele próprio se intitula, que chegou à Nave através de uma parceira da comunidade do Uruguai, ativa em um coletivo parceiro: Media Red. Carlos ficou hospedado por 3 dias na Nave Coletiva como parte do programa #HospedaCultura.

“A Nave me surpreendeu desde que cheguei, um espaço tão imenso e diverso, em cada lugar há intervenções criativas, cheias de detalhes, sinal de que em cada um desses cantos havia uma pessoa trabalhando, criando, intervindo. Aqui tem um ar bonito, limpo, com pessoas que trabalham intensamente”, disse. 

“Esse espaço é profundamente inspirador, nos incita a criar, a nos deixar contagiar pelo seu espírito. É bonito estar aqui porque podemos ver que é possível criar espaços de arte, comunicação e cultura. Espaços concebidos e ativados em relação direta com as comunidades e as nossas populações.”

Quer conhecer as últimas atividades da Nave Coletiva? Confira essa matéria!

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