

Um dos maiores movimentos da América Latina e o maior movimento da sociedade civil brasileira, o MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra está sob ataque por políticos conservadores, que conseguiram emplacar uma CPI, mas isso não significa que esse movimento, que já passou por massacres, expulsões, prisões e diversas violências, vai arredar. Para reunir apoiadores e debater estratégias contra essa Comissão Parlamentar de Inquérito, o MST realizou um encontro na NAVE Coletiva, sede da Mídia NINJA em São Paulo, com a presença de apoiadoras e apoiadores e da liderança histórica do Movimento, João Pedro Stédile.










“A missão de um movimento popular como o nosso é organizar o povo pra ele lutar e resolver os seus problemas”. O economista que atua desde jovem na luta pela reforma agrária falou para quem participava do encontro sobre a importância do MST, sua construção e como foram os últimos anos durante um governo que se colocava vocalmente contra o Movimento e contra o povo trabalhador brasileiro. “Em quatro anos, a classe trabalhadora não podia se mexer, e se ela se mexesse, eles reprimiriam, como reprimiram. Nunca mataram tanta gente. Primeiro com as armas, e depois com o negacionismo da vacina”, Stédile também falou.
Muitas pessoas que participaram do encontro saíram energizadas tanto pela potência que é o MST e seus 40 anos de luta, quanto pelas ideias e propostas, e pela força que representantes do Movimento mostraram, sabendo que estão enfrentando mais uma investida do agronegócio e dos grandes latifundiários para criminalizar trabalhadoras e trabalhadores do campo utilizando a CPI como ferramenta de opressão, mas com a certeza de que estao do lado certo da história. Na verdade, sabem que estão fazendo história ocupando e resistindo para uma justiça no campo e comida de qualidade na mesa da população.