Floresta Ativista participa de cobertura da abertura da Temporada França Brasil em Salvador

por | set 1, 2025

Por Isis Maria

No final de agosto, fomos convidados pelo Instituto Francês para ir a Salvador acompanhar a abertura das atividades da Temporada França – Brasil.

Desde abril estamos participando das ações que celebram a reconexão de 200 anos de relações diplomáticas dos países depois do rompimento provocado pelo governo Bolsonaro. Serão 300 atividades em 15 cidades brasileiras, que dialogam com juventude, clima, artes, cultura, periferia, temas que nos são caros e onde podemos contribuir na discussão, disseminação de informações e elaboração. 

Na capital baiana durante 3 dias, acompanhamos a abertura de 3 exposições: “O avesso do tempo”, de Roméo Mivekannin; “Fatumbi”, com fotos que contam a trajetória de Pierre Verger e “Fatumbia” de Emo de Medeiros, e a mostra de video arte “FRAC no MAC”. Além disso, visitamos a Fundação Pierre Verger e acompanhamos o lançamento do projeto Villa Fatumbi.

Nas exposições, pudemos conversar com os artistas e curadores. Roméo e Emo são dois homens negros franco-beninenses, com experiências distintas no Brasil mas com o mesmo sentimento de pertencimento ao visitarem Salvador: se sentirem mais próximos e parecidos com as pessoas que aqui vivem do que com as pessoas na França.

No lançamento da Villa Fatumbi ficou claro que a ideia é que este seja parte do legado da Temporada. A proposta é que aconteça um intercâmbio cultural entre Brasil, França e países do continente africano, para estimular o fazer criativo, a economia, a industria da arte e estreitar laços cada vez mais. Instituições e artistas podem se inscrever para participar.

Alex Baradel, diretor cultural na Fundação Pierre Verger e curador da mostra “Fatumbi” conseguiu enxergar semelhanças entre Fatumbi e nosso modo de vida, quando eu contei sobre a Floresta Ativista e a nossa origem de produtores culturais que vivem o movimento cultural de forma radical, e não apenas como trabalhadores observadores, distantes do discurso e prática.

Além das coberturas, a gente pode se conectar mais com os adidos da embaixada da França no Brasil, com os artistas, pensar novas formas de colaboração a partir das nossas tecnologias sociais e participação no Fórum Diálogos, que vai acontecer em novembro em Salvador.

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