Ana Pessoa e Pamela Ortiz representaram a Floresta Ativista e a Cine NINJA na 32ª edição do Festival de Cinema de Vitória, reforçando o papel da comunicação independente e popular no fortalecimento do audiovisual brasileiro
A Cine NINJA marcou presença na 32ª edição do Festival de Cinema de Vitória (FCV), realizada de 19 a 24 de julho na capital capixaba. Representando a cobertura colaborativa e descentralizada da rede, Ana Pessoa e Pamela Ortiz estiveram em Vitória para acompanhar de perto a programação e participar do júri técnico do festival, ampliando o olhar da Floresta Ativista sobre o papel do cinema como ferramenta de transformação social, cultural e política.
Com olhar afiado e sensibilidade crítica, Ana e Pamela realizaram registros, entrevistas e análises sobre os filmes exibidos e os debates que atravessaram os dias intensos de exibição — tudo isso integrando a cobertura especial da Cine NINJA, que tem sido presença constante em festivais por todo o Brasil, dando visibilidade a produções autorais, estéticas insurgentes e vozes historicamente invisibilizadas.
O cinema em cena no Espírito Santo
Com 90 produções nacionais na programação — entre curtas, longas e um média-metragem —, o Festival de Cinema de Vitória é hoje o maior evento audiovisual do Espírito Santo e uma referência para o cinema brasileiro contemporâneo. Ao longo de seis dias, o público lotou sessões gratuitas realizadas nas salas do Sesc Glória, que recebeu 11 mostras competitivas, além de sessões especiais, debates, coletivas e homenagens.
A abertura oficial aconteceu no dia 19 de julho, no Teatro Glória, com a exibição dos filmes da Mostra Foco Capixaba e do longa O Deserto de Akin, de Bernard Lessa. Antes disso, o público já havia assistido ao longa capixaba Margeado, de Diego Zon, estrelado pela atriz homenageada Veronica Gomes, que também participou de uma coletiva especial e do lançamento do Caderno de Homenagem.
Outro grande homenageado da edição foi o cantor e performer Ney Matogrosso, celebrado por sua contribuição fundamental à cultura brasileira. O tributo ao artista destacou sua trajetória no cinema e sua importância como símbolo de liberdade e diversidade.
Um cinema plural e contemporâneo
Ao todo, 85 curtas e cinco longas-metragens disputaram o Troféu Vitória, símbolo máximo do festival, avaliados por um júri técnico — do qual fez parte Pamela Ortiz, da Cine NINJA — e por um júri popular. A curadoria apresentou um panorama plural e inventivo do Brasil contemporâneo, com destaque para narrativas protagonizadas por pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+ e periféricas.
A programação também contou com exibições hors concours, como a sessão dedicada à série de animação Irmãos do Jorel, e outros filmes capixabas que não participaram da competição. Com isso, o número total de obras exibidas chegou a 106 títulos, consolidando o FCV como um espaço de celebração e disputa estética no cinema nacional.