Bandas têm até hoje, dia 15 de julho, para participar do projeto, que integra rede colaborativa formada por entidades e coletivos de diversas cidades brasileiras com oficinas, mentorias e shows para os grupos selecionados

As inscrições de bandas para o projeto Som do RS estão na reta final e seguem abertas até hoje, dia 15 de julho. Com foco na qualificação e divulgação da música independente do Rio Grande do Sul, o projeto atua de forma transversal, conectando saberes, estratégias e iniciativas voltadas para o desenvolvimento e a sustentabilidade do mercado da música brasileira, por meio do compartilhamento de tecnologias sociais e da constante busca por soluções criativas para os desafios do mercado musical independente.
Som do RS é um projeto financiado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, repassados pela União ao Estado do Rio Grande do Sul e está alinhado a um plano macro, ao lado de projetos irmãos como Som do Acre e Som de Minas Gerais.
Som do RS estrutura-se pensando em resultados a curto, médio e longo prazo e dando voz e espaço a novos artistas que possam ressignificar o mainstream através de estratégias de comunicação, narrativas, formação de público, mentorias, intercâmbio, apresentações ao vivo, novas conexões e oportunidades. Um espaço para construção de redes, gerando novas possibilidades inclusivas ao cenário musical do sul do Brasil.
O projeto se inicia por um grande mapeamento e posterior cadastro de bandas, grupos e artistas de nove regiões do RS. Cada grupo/banda inscrito terá acesso a cinco mentorias ministradas ao vivo pelo streaming com mestres e mestras, gente que está inserida no mercado da música e que entende muito do assunto, como Pena Schmidt, Dani Ribas, Fernanda Couto, Edson Natale, Dríade Aguiar, entre outros.
Em um segundo momento, serão selecionados nove grupos/bandas/artistas para compor o plano integral do projeto, que consiste na produção e posterior apresentação em eventos produzidos pelo projeto e mentorias presenciais e gravações, além da imersão em São Paulo.
A seleção dos grupos será feita pelos mentores, juntamente com a equipe do Som do RS e um representante do Museu do Hip Hop, rede parceira do projeto. Os critérios para seleção serão: dinâmica, presença, estética, diversidade, inclusão e formação da proposta.
Com grupos ou artistas definidos, começa a fase de produção dos três eventos presenciais propostos no RS em parceria com a Rede Sofá na Rua e Festival Morrostock, que serão realizados nas cidades de Porto Alegre (Bairro Restinga), Pelotas (Zona Sul) e Santa Maria (Região Central), onde tocam três bandas em cada um destes eventos. Além dos shows, haverá feira de economia solidária, gastronomia e exibição de audiovisuais sobre meio ambiente, inclusão social, economia criativa e gestão sustentável, geradas em parceria com o Festival CoMa e Latinidades ambos de Brasília que fazem parte da ABRAFIN. Programas de formação, capacitação técnica, dicas de backstage serão ministrados pela gestora da Rede Sofá na Rua, a fim de capacitar agentes culturais para operar diretamente cada um destes eventos junto à equipe do projeto.
Seguindo o fio do projeto, após a fase de shows se iniciam as preparações para a gravação de uma música que será composta pelos artistas. Nessa fase, um workshop será ministrado por Santiago Neto, diretor artístico e produtor do Musicante, o Festival do Migrante, com dicas de composições e arranjos. Com temática sobre o meio ambiente, a música será gravada nos estúdios do Hub Criativo Marquise 51, em Porto Alegre, e disponibilizada nas plataformas digitais.
Encerrando o projeto, todos embarcam para uma imersão em São Paulo, em uma caravana composta pelos artistas e os agentes culturais capacitados durante o processo. Na Nave Coletiva, sede da Rede Fora do Eixo, Mídia Ninja e Floresta Ativista, haverá este grande encontro presencial entre artistas, mentores, equipes e redes parceiras, onde todos irão se apresentar ao vivo para o público e para seus mestres e mestras que os acompanharam durante todo o processo.
Ao final das apresentações, os mentores se reunirão com as bandas para uma mentoria personalizada aprofundando o processo de formação. Já os agentes culturais vão vivenciar diretamente a produção destes shows na Nave Coletiva e vão receber uma mentoria especial da On Stage Lab, de profissionais qualificados como Pablo Capilé, Marcela Bueno e Fabiana Lian, entre outros.
A imersão vai oferecer ainda três workshops sobre experiências de sucesso em conexões e formação de redes e coletivos ministradas por pessoas de notório saber sobre o assunto. Todo o processo será devidamente registrado e documentado, veiculado em tempo real na rede social do projeto e nas redes sociais parceiras. Os shows da Nave terão transmissão ao Vivo e, como legado, ficará disponível o resultado da análise do mapeamento, com estatísticas e indicadores que contribuirão para um estudo sobre o mapa geográfico setorial da música no Rio Grande do Sul.
Som do RS tem como parceiros as redes Sofá na Rua, Festival Morrostock, ABRAFIN Associação Brasileira dos Festivais Independentes, RS Musica, SOM.VC, Climax Now, Museu do Hip Hop, Nave Coletiva, Xepa Ativista, Circuito Sul de Festivais, Planeta Foda, Poderes Pretos, Rede Fora do Eixo, Cine Ninja, Ninja Foto, Universidade da Música, Design Ativista e Zona de Propulsão.
Som do RS
Inscreva-se até dia 15 de julho: https://rede.florestaativista.org/oportunidade/366/#info
O Som do RS é financiado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, repassados pela União ao Estado do Rio Grande do Sul.