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Ativistas promovem 1ª edição do “Rolezin das LBT” na Casa Coletiva Divinópolis

por | out 5, 2023

Foto: Vitória Assis

O Rolezin das LBT é um evento promovido pelo grupo Mulheres que Amam Mulheres, que teve sua primeira edição no dia 30 de setembro, na Casa Coletiva Divinópolis em Minas Gerais.

O movimento, feito por mulheres e para as mulheres, propõe criar espaços de acolhimento, fortalecimento e resistência para a comunidade LBT.

De acordo com a integrante do grupo Camila Ramos, “surgimos a partir de nossas próprias vivências, somos mulheres que desde a adolescência nos relacionamos com outras mulheres, e sempre vivenciamos a ausência de referências e de espaços que nos representam. Então, por muita das vezes nos escondemos dentro dos “armários”, na grande maioria das vezes, instituídos dentro de nossas próprias famílias.”

Ao visualizar uma realidade dentro do movimento LGBTQIAPN+, no geral, em que as vivências de corpos sáficos são colocadas sempre à margem das discussões políticas, sociais e culturais, o coletivo visa gerar uma rede de apoio e ocupação de espaços da cidade. Questões como, quais são as existências LBT’s presentes no nosso território e por quais lugares e situações esses corpos têm passado, são perguntas importantes para entender a atuação do coletivo.

A participação e ações são voltadas para mulheres cis e trans lésbicas, bissexuais, não-binares, sapatãs, portanto, nos eventos organizados pelo coletivo não é permitida a entrada de homens, ressaltando a importância do protagonismo e ocupação destes espaços.

O evento, que teve inicio na tarde do dia 30 de setembro, aconteceu de forma gratuita e open cooler, com venda de comida vegana, roda de conversa ‘Linha da vida Sáfica’, projeção audiovisual do curta ‘Breve História das LBT’s’ de Vitória Assis, performance poética ‘Transpoetização’ com Nat Ribeiro, sapaôke, intervenções artísticas e discotecagem com DJ Tam.

O próprio coletivo define sua atuação como, “estamos nos fortalecendo enquanto rede de acolhimento e apoio, e é isso que esperamos proporcionar a outras mulheres. Vamos nos guiando pela energia sharamanaya que é “tudo que é bom fica, tudo que é ruim vai embora” (Bia Ferreira) e nesse ritmo vamos “costurando” a vida uma das outras, entendendo que estamos inseridas em uma sociedade que cultua a violência e portanto é necessário a existência de espaços de afeto, acolhimento e proteção.”

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