No último domingo (2), a Nave Coletiva, em São Paulo, abriu suas portas para dar início ao Julho das Pretas, um mês de intensa programação política e cultural dedicado ao movimento das mulheres negras no Brasil. O evento, que celebra a chegada do mês do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, celebrado no próximo 25 de julho, contou com música, debates e muita energia em comunidade.
A abertura do Julho das Pretas na NAVE foi marcada pela presença do Samba Negras em Marcha, que convidou todos a comemorar e lutar ao lado das mulheres pretas através da música e do diálogo. A programação contou com uma variedade de atividades imperdíveis. DJ Bia Sankofa abriu o evento, preparando o clima para a tarde de celebração. As Cadeirudas, um grupo de quatro mulheres com deficiência, apresentaram-se, provocando reflexões sobre a sociedade capacitista e promovendo uma mudança de perspectiva.
A Marcha das Mulheres Negras de São Paulo realizou uma poderosa apresentação, transmitindo mensagens sobre espiritualidade, cannabis medicinal, produção literária negra, direito à moradia e racismo ambiental. Houve ainda o lançamento do GT Canabis Medicinal, levantando discussões importantes sobre o tema.
Na programação notura, a cantora Prudente subiu ao palco, encantando a todos com sua voz e presença de palco. E o Samba Negras em Marcha encerrou o evento com uma performance emocionante.
O Julho das Pretas foi uma oportunidade para ouvir as vozes das mulheres pretas e suas lutas. Iyá Cláudia Rosa, Neon Cunha Claudia Baltazar, Maria Izabel Panter, Esmeralda Ribeiro, Marli Aguiar, Tatiana Rodrigues e Marina Rosa foram algumas das convidadas da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo que transmitiram mensagens poderosas sobre espiritualidade, cannabis medicinal, produção literária negra, direito à moradia e racismo ambiental.
Além das apresentações e debates, o evento também contou com uma mostra de arte, onde mulheres negras puderam expor seus trabalhos e expressar sua criatividade. As banquinhas exibiram obras de artistas como Estilo & Raça, Prudence Kalambay, Quilombhoje, Ana Moreira (Fazemos Coop), Inahair, Prego e Artes, AfroSoul Barber, Atrepadeira e a poeta Patricia Jimin.
A discotecagem ficou por conta da DJ Bia Sankofa, que animou os primeiros blocos de atividades, enquanto a dança da congolesa Prudence Kalambay encerrou a noite com muita energia e movimento.
O Julho das Pretas na Nave foi uma celebração vibrante, repleta de empoderamento, cultura e resistência. Ao abrir espaço para as vozes e expressões das mulheres pretas, o evento mostrou que é necessário dar visibilidade e valorizar suas lutas e contribuições.