A equipe do Poderes Pretos e ELLA, respectivamente redes de ativismo antirracista e feminista, mobilizaram outros canais da Floresta Ativista para marcar os 2 mil dias sem justiça pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu em 14 de março de 2018, na região central do Rio de Janeiro.
A campanha se soma a uma ampla mobilização que envolve artistas e diversas redes antirracistas que publicam em seus canais mensagens que pedem justiça e a resolução definitiva do caso, com imparcialidade, transparência e o esclarecimento das motivações do crime e quem foram os mandantes. “2000 dias é tempo demais” é uma das frases que mais circulou nas redes durante a campanha. Um tuitaço também foi planejado para esta segunda-feira, às 15h.
No Rio de Janeiro, um ato simbólico foi feito a partir de mobilização da Anistia Internacional promoveu na tarde deste sábado (2), na Praça Mauá, em frente à Superintendência da Polícia Federal.
Avanços
No início do governo Lula, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, mobilizou a Polícia Federal para atuar diretamente no caso junto com o Ministério Público do Rio (MPRJ). O motorista que dirigia o carro utilizado no assassinato, o ex-policial militar Élson Queiróz, confirmou o nome dos envolvidos no crime. Na delação premiada com a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro, ele confirmou sua participação, a de Ronnie Lessa e a do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa nos assassinatos de Marielle e Anderson. O ex-PM ainda indicou envolvimento de mais pessoas no crime, informação que segue em segredo de Justiça.
Para o Dino, a colaboração premiada de Élcio de Queiroz encerrou uma fase da investigação ao retirar todas as dúvidas sobre a execução do crime, abrindo a possibilidade de a polícia chegar aos mandantes do duplo assassinato.
“Há um avanço, uma espécie de mudança de patamar da investigação. A investigação agora se conclui em relação ao patamar da execução e há elementos para novo patamar: o da identificação dos mandantes do crime”, destacou o ministro, em coletiva após a delação.
Com informações da Agência Brasil