Depois de iniciar o percurso de dez dias nos territórios de Mato Grosso, a caravana da Casa NINJA Amazônia avança mais uma etapa subindo para o estado de Rondônia. Desde a última quinta-feira (11), quando a van do “Refloresta Já” atravessou a divisa entre ambos os estados, a comitiva tem acumulado boas histórias de coletivos, estudantes e grupos culturais e ambientais.

Durante cada visita visita, o time da Casa NINJA teve a oportunidade de se conectar com comunidades locais, lideranças indígenas e projetos engajados na cultura e na conservação da biodiversidade.

Considerado o portal da Amazônia Ocidental, Vilhena foi a primeira cidade a receber a Casa NINJA Amazônia. É localizada, portanto, em ponto estratégico na articulação com a Amazônia mato-grossense. Lá a equipe foi recebida na Fundação Cultural, onde puderam trocar experiências sobre as redes Mídia NINJA e Fora do Eixo junto a realizadores culturais, ativistas e produtores.

Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná e Porto Velho, cidades rondonienses onde a caravana circulou até agora, têm um papel fundamental no circuito independente de cultura, tendo sido ponto de produção e distribuição de narrativas sobre a região para todo o país. Os papos em cidade foram inspiradores!

Em cidades como Ji-Paraná e Porto Velho, a equipe NINJA pôde trocar ideias diretamente com estudantes em espaços de formação. Em Ji-Paraná, em pleno domingo (14) à noite, o encontro foi realizado no Instituto Federal de Rondônia (IFRO), enquanto em Porto Velho rolou a oficina na Universidade Federal de Rondônia (Unir).

A Casa NINJA Amazônia Tour também teve a oportunidade de conhecer espaços de resistência, especialmente no que se refere à luta indígena e ambiental. Em Cacoal, fomos recebidos no Metareilá e Centro Cultural Wagôh Pakor. No primeiro, centro de formação do povo Suruí, a equipe da Casa NINJA trocou experiências com quem tem a missão de defender e preservar o patrimônio cultural, ambiental, social e econômico do povo Paiter Suruí. A visita ao Centro Cultural Wagôh Pakor, criado em 2016, revelou a importância desse espaço como local de formação, fomento ao ecoturismo e abrigo durante a pandemia.

A equipe teve ainda o privilégio de encontrar uma “pequena a gigantesca” árvore sagrada da Amazônia, a Sumaúma, durante a visita à Terra Indígena Sete de Setembro, do Povo Paiter Suruí. Durante a floração, essas árvores se tornam um espetáculo magnífico, atraindo uma variedade de insetos e pássaros.

O projeto Viveiro Cidadão, desenvolvido pela Ação Ecológica Guaporé – Ecoporé, em Rolim de Moura, é uma iniciativa que visa a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. A equipe da Casa NINJA conheceu a propriedade agroecológica de Seu Francisco e Dona Luzia, onde são produzidos alimentos orgânicos e mel de abelha. A comitiva notou a importância dessa produção para a saúde das pessoas e a contribuição para a biodiversidade. Em Porto Velho, o Espaço Gaia, também é um projeto que promove a agrofloresta e a educação ambiental, proporcionando um exemplo prático de sustentabilidade.

A Casa NINJA Amazônia Tour em Rondônia revelou uma teia de narrativas que entrelaçam cultura, preservação ambiental e a busca pela cura. Ao conhecer projetos e iniciativas engajadas na região, a equipe ressalta a importância de valorizar e disseminar essas histórias, que trazem uma nova perspectiva sobre a floresta e suas comunidades. Ao compartilhar as experiências vivenciadas durante a jornada, a Casa NINJA Amazônia busca inspirar ações concretas em prol da preservação da Amazônia e do reconhecimento da riqueza cultural dos povos indígenas.

Fotos: Mídia NINJA